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Meditações Pastorais
“Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia” Hebreus 10:25

Desde o princípio Deus viu que não era bom que o homem estivesse só (Gn 2:18). Com a entrada do pecado, esta proposta também foi atacada: os conflitos nunca mais deixaram de surgir. Mas nem tudo se perdeu definitivamente. Uma das missões do Messias seria a conversão dos relacionamentos.

Quem não conhece Cristo não pode entender o valor da comunhão dos santos. Pode até ser beneficiado por ela, até mesmo participar superficialmente desta comunhão, mas não a valorizará como algo prioritário para sua vida. E isso porque a comunhão dos santos só é possível em sua plenitude em torno de Cristo: seu nome, sua pessoa, seu evangelho, seus ensinamentos e mandamentos.

Há um risco muito grande no qual incorrem milhares de cristãos: deixar de congregar. Eles pensam que podem fazer o seu “próprio culto” na comodidade do seu lar. Entretanto, esta não é a realidade apresentada pelas Sagradas Letras. Este conceito de que posso ser um bom crente sozinho não conta com o respaldo das Escrituras. Nenhum crente é bom sozinho, pois o Senhor Deus nos criou, chamou e salvou para andarmos juntos com outros discípulos

Tais cristãos se olvidam da seguinte verdade: Deus não “pensou” em mim apenas como um indivíduo. Ele “pensou” em mim como um indivíduo inserido em uma comunidade. A Bíblia ensina que todos aqueles que já foram alcançados por Jesus são inseridos no Corpo de Cristo: a Igreja. Portanto, não congregar, insistir em ser crente à revelia de Cristo, é perigoso porque esta não é a proposta de Deus. Sendo assim, a opção pela “periferia” constitui-se num ato de rebeldia.

Aos que prezam apenas pela comunhão com Deus, menosprezando a comunhão com os demais, citamos as palavras de Klauss Douglas: “Da comunhão com Deus deve nascer a intimidade entre nós”. Portanto, comunhão vertical sem conectividade horizontal é uma comunhão deficiente (e o oposto também é verdadeiro).

Deus nos presenteia com a comunhão com o fim de desenvolvermos um discipulado abençoador, transformador e multiplicador. Usar este presente de forma correta e adequada agrada ao Criador.

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